Monteverdia ilicifolia (espinheira-santa): uma breve revisão e relato de uma experiência de uso
Abstract
O consumo de fitoterápicos é secular entre as populações para alívio de dores, cura de doenças e controle de pragas. No Brasil, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos tem por objetivo, entre outros, garantir acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos. A espécie vegetal Monteverdia ilicifolia (Mart. ex Reissek) Biral (Celastraceae), conhecida popularmente como espinheira-santa, destaca-se no tratamento de gastrite e úlcera péptica. O objetivo deste estudo é fazer uma revisão narrativa da literatura sobre esta espécie utilizando bases de dados online do Ministério da Saúde do Brasil, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Public Medline or Publisher Medline (PubMed) e ScienceDirect. As buscas foram realizadas sem espaço temporal específico utilizando as palavras Maytenus ilicifolia (nomenclatura anterior da planta) e gastrite. Foram incluídos artigos de revisão botânica, estudos etnobotânicos, pesquisas não-clínicas in vivo e in vitro e clínicas com seres humanos, e excluídos artigos sobre outra espécie de Monteverdia, biotecnologia, biodiversidade e bioeconomia, fitoquímicos, legislação e levantamentos etnobotânicos sobre múltiplas plantas. Foi possível verificar que existem mais estudos in vitro, em animais e etnobotânicos do que ensaios clínicos com seres humanos e todos contribuem corroborando a ação gastroprotetora da espinheira-santa. Tal ação está relacionada aos metabólitos polifenois, esteroides e triterpenos pelo mecanismo de ação semelhante aos medicamentos sintéticos sem efeitos colaterais. Conclui-se esta planta tem potencial para o tratamento de pacientes com gastrite e úlcera péptica, embora mais estudos em seres humanos sejam necessários.
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