Percepção de uma equipe de atenção primária à saúde sobre a assistência à mulher privada de liberdade
Resumo
O aumento do número de mulheres privadas de liberdade e a diminuição de profissionais de saúde nos presídios fazem com que as mulheres sejam atendidas em unidades externas. Esta pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, objetivou identificar e analisar a percepção de uma equipe de Atenção Primária à Saúde – APS sobre a assistência à mulher privada de liberdade na Unidade Básica de Saúde (UBS). O cenário da pesquisa foi uma UBS localizada no Distrito Sul de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil e referência para assistência à mulheres privadas de liberdade no município. A amostra foi composta por cinco profissionais de saúde. Para coleta de dados foi utilizada entrevista semiestruturada. Análise dos dados foi realizada por meio de análise temática. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Barão de Mauá. Os dados oriundos das entrevistas foram categorizados nos seguintes temas: “A igualdade na abordagem durante a assistência à mulher privada de liberdade e a singularidade da rotina no atendimento na UBS”; “A diferença no fluxo da assistência à mulher privada de liberdade”; “A ausência de longitudinalidade como dificultadora da assistência à mulher privada de liberdade na UBS”. Concluímos que a percepção dos profissionais de uma equipe de APS sobre à assistência à mulher privada de liberdade na UBS envolve o atendimento à saúde com igualdade, equidade e respeito, buscando abordagem humanizada, reconhecendo as dificuldades pela ausência de longitudinalidade do cuidado realizado na unidade e pela integralidade.
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