Tratamento da dor pós-operatória persistente após ovariohisterectomia em cadelas: estudo comparativo entre tramadol ou maropitant
Resumo
Objetivou-se comparar a eficácia analgésica do maropitant e do tramadol em cadelas submetidas à ovariohisterectomia (OH). Foram avaliadas, inicialmente, 33 fêmeas da espécie canina, entre 1 e 12 anos. Precedendo a administração da medicação pré-anestésica, os animais foram avaliados quanto ao comportamento (escalas de DIVAS e forma reduzida de Glasgow) e parâmetros cardiovasculares e respiratórios. Todos os animais receberam acepromazina associado à meperidina na medicação pré-anestésica. A indução anestésica foi realizada utilizando cetamina e propofol e a manutenção da anestesia realizada m isofluorano. Durante a sutura cutânea, todos os animais receberam dipirona e carprofeno 4 mg/kg. Os animais que apresentaram dor pós-operatória (diagnosticada com auxílio das escalas DIVAS e Glasgow) foram divididos aleatoriamente, em 2 grupos, cada um composto de 10 animais, recebendo aleatoriamente maropitant (1mg/kg) ou tramadol (3mg/kg), na forma de medicação complementar. Após o resgate analgésico, a avaliação de dor foi realizada no pós-operatório, a cada hora, durante 5 horas, empregando as mesmas escalas usadas para determinar dor pós-operatória, sendo o avaliador cego ao tratamento. Os valores obtidos foram analisados estatisticamente através de programa computacional, considerando p< 0,05. Seis animais no grupo GM 5 animais no rupo GT necessitaram resgate analgésico com morfina (0,3 mg/kg/IM) no decorrer das 5 horas de avaliação. Observou-se nsumo médio de 0,034 ml/Kg de morfina para o grupo GM e 0,037 ml/Kg para o grupo GT. Ambos os tratamentos demonstraram baixa eficácia para controle da dor pós operatória persistente em cadelas submetidas à OH, em vista das elevadas taxas de resgate com morfina.
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