Indicadores de promoção e prevenção em saúde coletiva em um cenário de mudanças climáticas no Brasil
Abstract
Mudanças climáticas são a causa de uma das maiores emergências de saúde enfrentadas atualmente, eventos climáticos extremos, afetam diretamente os determinantes da saúde, na alteração dos padrões epidemiológicos, pelo que representam um desafio aos sistemas de saúde. Este artigo tem como objetivo contribuir na construção de indicadores de saúde coletiva, no contexto das emergências climáticas, analisando condições de vulnerabilidade ambiental e social, a partir de dados públicos oficiais de notificação de desastres, correlacionando com indicadores determinantes do sistema de vigilância em saúde como cobertura vacinal, mortalidade infantil e materna, incidência de doenças de notificação obrigatória, e condições de saneamento básico nas cinco regiões do Brasil. Foram analisados dados secundários provenientes do DATASUS, e de relatórios oficiais do Ministério da Saúde, como também os dados de monitoramento do Sistema Integrado de Monitoramento de Desastres, notificados pelos municípios em 2022. Os resultados evidenciam a complexidade das desigualdades regionais e os desafios enfrentados na promoção da saúde coletiva no Brasil em um cenário de mudanças climáticas, a persistência de problemas como a baixa cobertura vacinal em determinadas regiões, a alta incidência de doenças de notificação obrigatória e a precariedade do saneamento básico reforçam a importância de estratégias direcionadas, que considerem as especificidades locais e promovam a equidade no acesso aos serviços de saúde, no âmbito das políticas de adaptação climática e formação de um sistema de saúde resiliente, bem como a inclusão do tema na educação para a saúde.
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