Ascensão da esfera social e os desafios impostos à educação contemporânea
Abstract
O tema central deste artigo é a constatação que Hannah Arendt faz a respeito do predomínio da esfera social na modernidade, o que acarreta a desvalorização da ação política no âmbito público e a relação desse acontecimento com o entendimento de Arendt sobre a educação. O objetivo é refletir acerca do papel da escola nesse contexto, no qual não há a antiga demarcação entre as esferas público e privada, característica da Antiguidade Clássica. A escola, segundo Arendt, é responsável por estabelecer a mediação entre o lar e o mundo público e representa o mundo para a criança, mesmo que não seja de fato. Com a hegemonia da esfera social, é possível indagar: como fica a situação da escola quando não se tem um espaço delimitado entre público e privado? Como a criança vai se desenvolver em um mundo dominado pelo social? O artigo está organizado em duas partes. Na primeira, apresentará as reflexões de Arendt contidas no ensaio “A crise na educação”. Na segunda parte, a referência principal será a obra A condição humana, escrita por Hannah Arendt, na qual se encontram as categorias conceituais referentes às esferas público, privado e social, para que seja possível relacioná-las ao objetivo proposto nesse trabalho. Tratam-se de considerações iniciais que necessitam de aprofundamento teórico e conceitual, mas que permitiram pensar o papel da escola no mundo contemporâneo, sendo uma possibilidade, a preparação dos alunos por meio dos referenciais da pedagogia retórica.
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