Percepções sobre o ensino superior: reflexão dos profissionais da área da saúde que migram da docência à gestão acadêmica

Palavras-chave: Gestão, Saúde, Ensino superior, Professor, Universidade

Resumo

É muito comum que professores de cursos pertinentes à grande área da saúde sejam remanejados de suas salas de aula para cargos de gestão. O modo como isso se dá, entretanto, parece ser mais intuitivo e improvisado do que racional e estruturado. O intento deste desígnio é estratificar os sentimentos destes docentes-gestores, em uma reflexão acerca de suas percepções de conforto e frustrações da nova função dentro do ensino superior. Foi feita uma pesquisa através de formulário eletrônico com professores da área da saúde que que fizeram incursão em cargos gerenciais em instituições de ensino superior. Os questionamentos englobaram aspectos relacionados à caracterização do educador e às inquietudes que cercam as estratégias de migração do ensino para os cargos de gestão. Na amostragem dos 16 respondentes do inquérito, encontramos média de 43 anos de idade que ocupam cargos de direção, coordenação (de curso, de processos de avaliação, de produtos e de área) gerência (de ensino e de produtos educacionais) e planejamento de operações digitais. Encontramos educadores de alto grau de escolaridade que entendem que seu poder de decisão pode impactar muito nos estudantes. Os professores migram à cargos de gestão no intuito de progressão de carreira. Embora existam alguns desafios encontrados, como o aumento da carga horária trabalhada e a pressão pela resolução rápida de demandas, a transição não causa surpresas. Os gestores têm maior flexibilidade de horário e sentem-se gratificados ao poder produzir alterações institucionais que geram inovação e desenvolvimento.

Publicado
2022-07-18
Como Citar
LUNARDELLI, A.; GREFF MACHADO, D.; DA SILVA, T.; CANATO SANTANA, V. Percepções sobre o ensino superior: reflexão dos profissionais da área da saúde que migram da docência à gestão acadêmica. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 3, n. 1, p. 8-23, 18 jul. 2022.