Uma análise epidemiológica da leptospirose no Brasil e em Alagoas (2009-2019)

  • Ana Carolyna da Silva Rocha UFAL
  • Barbara Vitória dos Santos Torres UFAL
  • Katiane da Silva Mendonça
  • Viviane Vanessa Rodrigues da Silva Santana UFAL
Palavras-chave: Epidemiologia nos serviços de saúde, Leptospirose, Vulnerabilidade social

Resumo

Introdução: A leptospirose é uma doença infectocontagiosa que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Leptospira. Transmitida através do contato com reservatórios animais, como os sinantrópicos, domésticos e selvagens, ou contato com o solo ou água contaminados com sua urina. Seu processo infeccioso agudo pode ser de difícil diagnóstico, muitas vezes sendo confundido com viroses tropicais, onde pode ser subdiagnosticada. Objetivo: Analisar os casos de leptospirose no Brasil e em Alagoas no período de 2009 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico realizado a partir dos dados disponibilizados no DATASUS. Resultados: Entre os anos de 2009 a 2019 foram notificados 41.837 casos de leptospirose no Brasil, sendo 2011 o ano com maior notificação da doença. Houve predomínio no sexo masculino (79,9%), enquanto o feminino correspondeu a 20,07%. A faixa etária mais acometida foi entre 20 e 39 anos em nível nacional e de 20 a 39 anos no estado de Alagoas onde menos da metade dos indivíduos acometidos foram a óbito (10,5%). Quanto à evolução do indivíduo em cenário nacional, 34.769 (83,1%) pessoas evoluíram para a cura, enquanto 3.621 (8,6%) foram a óbito devido a leptospirose. Conclusão: A incidência dos casos de leptospirose no estado de Alagoas foi acima da média nacional, mas não foi uma diferença discrepante. Além disso, outras variáveis do estado de Alagoas analisadas neste estudo, como sexo e faixa etária, mostraram-se semelhantes a nível nacional.

Publicado
2021-12-14
Como Citar
da Silva RochaA. C.; TorresB. V. dos S.; da Silva MendonçaK.; SantanaV. V. R. da S. Uma análise epidemiológica da leptospirose no Brasil e em Alagoas (2009-2019). Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 2, n. 2, 14 dez. 2021.