Avaliação do Doppler transmitral como fator preditivo de congestão na doença mixomatosa valvar mitral em cães: estudo retrospectivo

Palavras-chave: Ecocardiografia, Endocardiose, Insuficiência cardíaca, Fluxo mitral

Resumo

A doença mixomatosa valvar mitral (DMVM) é responsável por cerca de 75% dos casos das doenças cardíacas observadas nos cães e o diagnóstico é realizado por meio da ecocardiografia. A utilização do método de Doppler pulsado no fluxo transmitral demonstrou produzir informações importantes em relação ao prognóstico dos pacientes acometidos, uma vez que o aumento do pico de velocidade de onda E foi associada à piora da regurgitação mitral.  O presente estudo objetivou avaliar de forma retrospectiva os exames ecocardiográficos de cães portadores de DMVM atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, entre janeiro e junho de 2021, buscando a correlação entre o pico de velocidade de onda E mitral, a relação átrio esquerdo/aorta (AE/Ao) e o estágio da doença. Foram analisados noventa registros ecocardiográficos, classificando os pacientes de acordo com a classificação do ACVIM quanto ao estágio da doença (grupos B1, B2 e C). Os três grupos estudados apresentaram diferença significativa entre si com base nos valores da relação AE/Ao (B1: 1,40 ± 0,024 vs B2: 1,81 ± 0,054 vs C: 2,26 ± 0,104) e observou-se correlação positiva entre a relação AE/Ao e velocidade da Onda E (p<0,0001; r=0,52). De acordo com os dados obtidos, pode-se concluir que o estudo Doppler transmitral é um exame complementar que pode auxiliar na obtenção do prognóstico do paciente com degeneração mixomatosa valvar mitral.

Publicado
2021-07-25
Como Citar
MainguéA. P.; PodleskisM.; Eugênio LuzP.; Santana BeneditoG.; Nelson GavaF. Avaliação do Doppler transmitral como fator preditivo de congestão na doença mixomatosa valvar mitral em cães: estudo retrospectivo. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 2, n. 1, p. 85-96, 25 jul. 2021.