Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes <p><em>Transições</em> (ISSN 2675-4398) é uma revista semestral multidisciplinar de acesso aberto vinculada à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Investigação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá. O periódico difunde pesquisas interdisciplinares, com especial interesse nas ciências humanas e sociais e em interfaces com a educação. Recebemos contribuições em fluxo contínuo e <strong>não cobramos taxas de autores nem de leitores</strong>.<br>Qualis 2017-2020 - B4&nbsp; |&nbsp; <a href="https://scholar.google.com/citations?user=b_K3Hk8AAAAJ&amp;hl=pt-BR" target="_blank" rel="noopener">Índice h</a></p> <p><em>Transitions</em> (ISSN 2675-4398) is an open access, biannual, peer-reviewed, multidisciplinary journal supported by the Pro-Rectory of Postgraduate Studies and Research of Baron of Mauá University. The journal has special interest in publishing interdisciplinary researches above all in the humanities and social sciences, with particular interest in their interfaces with education. <strong>We do not charge authors nor readers</strong>.</p> pt-BR <p>Os autores cedem os direitos autorais dos artigos, resenhas e entrevistas publicados para a revista <em>Transições,</em> conforme a política editorial do periódico. Solicitamos que os pedidos de autorização para reprodução de textos em outras publicações sejam encaminhados formalmente ao comitê editorial por e-mail.</p> felipe.narita@baraodemaua.br (Felipe Ziotti Narita) postmaster@baraodemaua.br (TI - Suporte e Infraestrutura) Wed, 03 Dec 2025 20:14:07 +0000 OJS 3.1.2.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Editorial https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1152 <p>Editorial.</p> Felipe Ziotti Narita Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1152 Wed, 03 Dec 2025 19:58:02 +0000 A voz como mecanismo de poder na sociedade contemporânea: dimensões simbólicas, políticas e tecnológicas https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1119 <p>O artigo&nbsp; analisa o papel da voz na construção e manutenção das relações de poder nos âmbitos social, político e midiático. Partindo de teóricos como Michel Foucault, Pierre Bourdieu e Norman Fairclough, o estudo explora como a vocalidade não é apenas um meio de comunicação, mas um capital simbólico que reforça hierarquias sociais. Na política, a voz é um instrumento essencial para a construção da autoridade e da persuasão, sendo utilizada estrategicamente por líderes como Barack Obama e Angela Merkel. No contexto midiático, jornalistas e publicitários modulam suas vozes para transmitir credibilidade, enquanto estruturas de poder silenciam grupos marginalizados, como mulheres, negros e indígenas. Com o avanço tecnológico, a voz tornou-se um vetor de vigilância e manipulação. Assistentes virtuais e deepfakes vocais levantam questões éticas e políticas, uma vez que permitem a falsificação de discursos e a extração de dados pessoais. O artigo também discute como algoritmos perpetuam padrões vocais eurocentrados, marginalizando sotaques e expressões periféricas. Apesar dessas dinâmicas de controle, a voz também se manifesta como ferramenta de resistência. Movimentos sociais e coletivos independentes utilizam plataformas digitais para amplificar vozes historicamente silenciadas, desafiando narrativas hegemônicas. Por fim, o estudo destaca a necessidade de uma abordagem crítica sobre a vocalidade, considerando suas implicações políticas, tecnológicas e sociais, e apontando para novos desafios éticos e regulatórios na era digital.</p> Thiago Barbosa Soares Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1119 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000 Vivências em torno do tema da morte: contribuição da psicologia escolar para professores de escola pública https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1048 <p><span style="font-weight: 400;">A Psicologia Escolar atua nos processos psicológicos presentes no ambiente educacional, envolvendo professores, alunos, famílias e a comunidade. Com a Lei nº 13.935/2019, a presença de psicólogos na rede pública passou a ser garantida, ampliando suas possibilidades de atuação. Diante de uma formação docente nos anos finais do Ensino Fundamental que prioriza conteúdos específicos em detrimento das práticas pedagógicas, temas sensíveis como a morte se tornam difíceis de abordar. Esse desafio se intensificou após a pandemia de Covid-19, que trouxe à tona a urgência de lidar com o luto no contexto escolar. O presente estudo, qualitativo e exploratório, investigou como professores da rede pública estadual abordam a morte em suas práticas. Foram realizadas duas rodas de conversa com oito docentes atuantes por pelo menos quatro anos nos anos finais do Ensino Fundamental. A análise discursiva dos encontros revelou quatro categorias: percepção da necessidade de recursos para tratar o tema; uso de experiências pessoais como repertório; lacunas na formação acadêmica; e expectativas quanto à atuação dos psicólogos escolares. Os resultados indicam a necessidade de incluir o tema da morte na formação docente, com recursos e práticas pedagógicas que permitam tratá-lo de maneira adequada e fundamentada. Também apontam para a importância de esclarecer e ampliar o entendimento sobre a atuação do psicólogo escolar. Por fim, destaca-se a relevância de novas pesquisas que envolvam diferentes atores escolares na discussão sobre a morte, promovendo abordagens mais integradas e humanas.</span></p> Anneliese de Assis Furtado Ferreira, Katia Paschoali Miguel Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1048 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000 A observação como "primeira" psicologia: sobre o uso da técnica para a formação e atuação profissional https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1099 <p>Este artigo é resultante de uma pesquisa exploratória, de caráter qualitativa e bibliográfica sobre a observação, enquanto técnica em Psicologia aplicável em contextos distintos. Inicialmente, pode-se explorar os arquivos de uma biblioteca acadêmica específica, bem como delimitar como fonte o banco de dados da scielo. Neste último caso, fez-se uso do termo de busca “observação em Psicologia”, que possibilitou a construção da amostra (n=12), segundo critérios de inclusão apenas para a observação discutida em processos de formação em Psicologia ou da prática de psicólogos. A análise temática permitiu a compreensão dos seguintes dados: definição da observação em Psicologia; modalidades da técnica aplicada conforme os contextos e objetivos requeridos. Ao final, pode-se propor a observação como primeira Psicologia, pela natureza do instrumento deslocado da pesquisa para o âmbito da profissão e sua importância no exercício da categoria de trabalho.</p> Ana Maria Ricci Molina, Maísa Araújo dos Santos Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1099 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000 Prisão, "O jogo que mudou a história”: uma leitura psicológica sobre a institucionalização de preso e carcereiro na série fílmica em questão https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1063 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo tem por objetivo analisar, na série "O jogo que mudou a história", o processo de institucionalização de Egídio (preso) e Jesus Pedra (carcereiro). O cenário da série foi ambientado no presídio de Cândido Mendes, durante a Ditadura Militar. Em perspectiva teórica foucaultiana, a institucionalização é um processo de fabricação dos sujeitos mediada pelo jogo saber-poder disciplinar. A prisão, enquanto instituição total, inscreve nos sujeitos novos padrões de valores, afetos e condutas como efeito da mortificação do “eu”. A metodologia observacional, nas modalidades observação indireta, artificial e assistemática foram empregadas para mapear práticas institucionais representadas no dispositivo audiovisual e seus efeitos observáveis na representação dos personagens, descritos em diário de campo. A coleta de dados foi associada à prática metodológica da cartografia, para descrever o fluxo de pensamentos que surgiam e orientaram à medida que uma leitura interpretativa era evidenciada e registrada em notas reflexivas. Os resultados indicam que, embora ocupem posições antagônicas, Egídio e Jesus Pedra percorrem trajetórias convergentes de institucionalização: (i) Egídio, submetido à violências físicas, sexuais e simbólicas, internaliza os códigos de conduta prisionais, como parte da tecnologia que agencia sua mortificação; (ii) Jesus Pedra, adere progressivamente às violências institucionalizadas e se submete à lógica prisional até o desvanecimento da representação do seu “eu” anterior. A prisão, interpretada como outra personagem, assume a agencia de guardiã ativa das práticas discursivas, que reproduzem e dão manutenção às violências pela disciplinarização dos sujeitos. Essa análise remete à contradição entre a lógica de vigília e punição para à morte dos sujeitos institucionalizados e a enunciação da ressocialização deles para uma vida que não (nunca) existe ou existirá, pois, efeito da perpetuação dos ciclos de violência, racismo e desumanização de presos e aprisionados. Levanta-se um impasse sobre a promoção da saúde mental nesse contexto, o que impõe capturas e barreiras ao exercício ético-político da Psicologia.</span></p> Gabriela Gomes e Silva, Ana Maria Ricci Molina Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1063 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000 O impacto do ativismo judicial na alocação de recursos públicos para a saúde e seus efeitos sobre a separação de poderes https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1100 <p>O presente artigo analisa o fenômeno do ativismo judicial no Brasil, com foco na saúde pública diante da crescente intervenção do Judiciário em questões orçamentárias que levanta preocupações sobre a separação de poderes e a autonomia legislativa diante da Constituição Federal de 1988 (CRFB/1988). O objetivo principal é investigar como o ativismo judicial impacta a alocação de recursos públicos para a saúde e como isso afeta a separação de poderes no Brasil, considerando os limites constitucionais e o papel institucional de cada poder. O estudo utiliza uma abordagem dedutiva, analisando decisões judiciais e suas consequências orçamentárias, além de revisão bibliográfica de produções científicas da última década, partindo da hipótese de que o ativismo judicial pode comprometer a autonomia dos poderes Legislativo e Executivo ao invadir suas competências tradicionais e alterar o equilíbrio institucional. Os resultados indicam que essa intervenção judicial pode gerar um desbalanceamento na separação de poderes, exigindo um reexame das funções do Judiciário para garantir tanto a proteção dos direitos fundamentais quanto o respeito à autonomia legislativa e à efetividade das políticas públicas de saúde. Nesse cenário, examinam-se ainda parâmetros de deferência institucional, critérios de proporcionalidade e reserva do possível, buscando delimitar quando decisões judiciais, embora voltadas à efetivação do direito à saúde, transbordam para escolhas distributivas típicas da formulação de políticas públicas e do planejamento orçamentário, em âmbito federativo e municipal.</p> Polyana Fiorati, Celso Barberato Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1100 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000 Crimes cibernéticos: a tipificação penal e os desafios na efetivação das medidas legais de combate https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1103 <p>O presente artigo, com base no método dedutivo e em ampla revisão bibliográfica e legislativa, analisa a tipificação penal dos crimes cibernéticos no ordenamento jurídico brasileiro, bem como os desafios estruturais, técnicos e jurídicos para a efetivação das medidas legais de combate. A partir da análise de diplomas como a Lei nº 12.737/2012, o Marco Civil da Internet, a Lei Geral de Proteção de Dados e a recente adesão à Convenção de Budapeste, evidencia-se a evolução normativa frente à criminalidade digital. Contudo, destaca-se que a sofisticação tecnológica dos ataques, aliada à vulnerabilidade de infraestruturas críticas, à dificuldade de obtenção de provas digitais e à natureza transnacional desses delitos, ainda compromete a eficácia da repressão penal. O trabalho também examina experiências internacionais e os esforços de cooperação jurídica global, ressaltando a necessidade de constante atualização normativa, investimentos em segurança cibernética e fortalecimento institucional. Conclui-se que o enfrentamento efetivo ao cibercrime exige uma ação coordenada entre legislação moderna, estrutura técnica adequada e colaboração internacional articulada.</p> Alcides Belfort da Silva, Vicenzo de Campos Agonilha Fayão Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1103 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000 A reiterada prática do discurso de ódio na atualidade: seus reflexos e implicações processuais sob o ponto de vista jurídico https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1106 <p>Este estudo examina a crescente prática do discurso de ódio no ambiente digital, com foco nas implicações legais e processuais relacionadas à liberdade de expressão e à responsabilidade das plataformas online. A partir de uma abordagem histórica, que traça a evolução da liberdade de expressão desde a Grécia Antiga até o contexto constitucional do Brasil, o estudo destaca a inadequação da legislação atual para lidar com o cenário digital. O aumento nos relatos de crimes de ódio online, documentado por organizações como a SaferNet, reflete a percepção equivocada de que a internet é um espaço sem leis. Por meio da análise de fontes legislativas e jurisprudenciais, como o Marco Civil da Internet, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e decisões do Supremo Tribunal Federal, a pesquisa identifica lacunas legais que permitem a persistência de práticas ilícitas. Além disso, propõe um modelo regulatório mais eficaz, inspirado em leis internacionais como a NetzDG, que responsabiliza de forma mais proativa as plataformas digitais. O estudo conclui que a implementação de um arcabouço legal mais robusto, combinado com medidas preventivas e educação digital, é essencial para conter a disseminação do discurso de ódio sem comprometer a liberdade de expressão.</p> Alcides Belfort da Silva, Matheus Codogno Leme Derechos de autor 2025 Transiciones https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/transicoes/article/view/1106 Wed, 03 Dec 2025 00:00:00 +0000